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Poucas horas após assumir a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud tomou uma das primeiras e mais simbólicas decisões de sua gestão: interromper a produção da polêmica camisa vermelha da Seleção Brasileira.
A informação foi revelada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Segundo a coluna, logo no dia seguinte à sua posse, Xaud se reuniu com patrocinadores da entidade. Durante o encontro, um diretor da CBF questionou um representante da Nike — fornecedora oficial dos uniformes da Seleção — sobre a camisa vermelha, e foi informado de que o modelo já estava em plena produção. A peça havia sido aprovada ainda durante a gestão do ex-presidente Ednaldo Rodrigues.
Contrariado, Xaud convocou uma reunião de emergência para a manhã seguinte e foi firme ao determinar que o uniforme alternativo da Seleção deveria seguir a tradição da camisa azul. A Nike, então, acatou a decisão e suspendeu imediatamente a produção da camisa vermelha, iniciando o desenvolvimento de uma nova coleção com a cor azul.
A camisa vermelha, que seria uma edição especial inspirada nas cores da bandeira do estado do Piauí e faria referência ao Dia da Consciência Negra, gerou debates e dividiu opiniões entre torcedores e especialistas. Com a decisão de Xaud, o uniforme sequer chegará às lojas ou aos gramados.
O gesto é interpretado como um posicionamento firme do novo presidente em defesa da tradição e da identidade visual histórica da Seleção. A camisa azul, utilizada em momentos emblemáticos da história do futebol brasileiro — como a final da Copa de 1958 —, volta a ocupar o lugar de segundo uniforme.
Essa mudança marca não apenas uma escolha estética, mas também um novo tom na condução da CBF, sinalizando que a nova gestão de Samir Xaud pretende imprimir sua própria marca desde o início.