Colapso Econômico: Dólar Atinge Novo Recorde Sob Governo Lula

Foto: Jose Luis Gonzalez/ Reuters

No final de novembro, a moeda americana superou, pela primeira vez na história, a marca de R$ 6,00.

Nesta terça-feira (17), a cotação do dólar atingiu um novo recorde no Brasil, ultrapassando os R$ 6,20. O movimento reflete a contínua desvalorização do real diante das persistentes preocupações dos investidores sobre o compromisso fiscal do governo Lula.

De acordo com a Folha de São Paulo, por volta das 12h19, o dólar alcançou a cotação de R$ 6,208.

Segundo o site do Banco Central, o dólar encerrou a segunda-feira cotado a R$ 6,05, após atingir R$ 6,09, estabelecendo um novo recorde.

No final de novembro, a moeda americana superou pela primeira vez na história a marca de R$ 6,00, após o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar um pacote de medidas de ajuste fiscal que foi considerado insuficiente pelo mercado financeiro.

O programa de ajuste, que inclui a revisão de tetos salariais e das aposentadorias militares, além da redução de impostos para cidadãos de renda média, aumentou a desconfiança do mercado. Em vez de garantir o cumprimento do arcabouço fiscal, regra que limita o crescimento dos gastos públicos até o final do mandato de Lula em 2026, gerou mais dúvidas sobre sua viabilidade.

Lula rebateu as críticas: "Ninguém nesse país tem mais responsabilidade fiscal do que eu", afirmou no domingo em entrevista ao progama "Fantástico", da Globo.

"A única coisa errada nesse país é uma taxa de juros acima de 12%", acrescentou o presidente, apontando também para uma "inflação totalmente controlada".

O novo avanço do dólar acontece uma semana após o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentar a taxa básica de juros, a Selic, em um ponto percentual, alcançando 12,25% — uma das mais altas do mundo —, em meio a preocupações com uma possível aceleração da inflação.

Em novembro, a inflação acumulada em 12 meses no país atingiu 4,87%, superando a meta oficial de 4,50%.

O índice mensal ficou em 0,39%, abaixo da taxa de outubro (0,56%), segundo o IBGE, mas ainda superior às expectativas dos analistas.

O Copom indicou que pode realizar ajustes de um ponto percentual nas próximas duas reuniões, no início de 2025, caso a inflação continue em alta.

Redação

Compartilhe suas ideias! Convidamos você a enviar seus conteúdos e participar das discussões enriquecedoras.

Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato