Foto: Adem Altan/ AFP |
Um dia após um ataque inédito da Ucrânia a bases militares russas, que surpreendeu o mundo, a Rússia entregou nesta segunda-feira (2), durante a segunda rodada de negociações diretas em Istambul, Turquia, sua proposta de cessar-fogo para a guerra contra a Ucrânia. O encontro, realizado no palácio de Ciragan, marcou avanços, como o acordo para uma grande troca de prisioneiros de guerra e corpos de soldados, mas também expôs tensões após recentes ofensivas de ambos os lados.
O governo ucraniano confirmou que a Rússia entregou aos negociadores de Kiev o memorando com sua proposta de cessar-fogo, conforme prometido pelo presidente russo Vladimir Putin ao presidente dos EUA, Donald Trump. O líder da delegação ucraniana, o ministro da Defesa Rustem Umerov, informou que o documento será analisado em até uma semana, mas não revelou detalhes de seu conteúdo. Já o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, afirmou que o memorando contém os termos do Kremlin para um “cessar-fogo total”. Medinsky também disse que os russos receberam a versão ucraniana do memorando, o que não foi confirmado pela Ucrânia.
Durante as negociações, os dois países acordaram uma troca significativa de prisioneiros de guerra e corpos de soldados. Serão liberados todos os prisioneiros de até 25 anos, gravemente feridos ou doentes, além de 6 mil cadáveres de cada lado. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou as tratativas para a troca, e seu chefe de gabinete informou que a Ucrânia entregou à Rússia uma lista de crianças ucranianas deportadas, pedindo sua devolução.
No entanto, divergências persistiram. Segundo Umerov, a Rússia recusou um cessar-fogo incondicional e um novo pedido para um encontro entre Zelensky e Putin. Por outro lado, Medinsky afirmou ter sugerido um cessar-fogo parcial, “de dois ou três dias” em áreas específicas, para a retirada de corpos de soldados na linha de frente. Os dois países concordaram em realizar uma terceira rodada de negociações no final de junho.
O clima da reunião foi agravado por ataques recentes. No domingo (1º), a Ucrânia realizou um ataque inédito contra a Rússia, utilizando drones escondidos em caminhões para destruir mais de 40 aviões de guerra russos — quase um terço da frota — em quatro bases militares, incluindo regiões distantes como a Sibéria. O Serviço de Segurança Ucraniano (SBU) confirmou que caças estratégicos russos foram danificados. Em resposta, a Rússia lançou, no mesmo dia, o maior bombardeio de drones da guerra, com 472 projéteis contra o território ucraniano.
As negociações diretas entre Ucrânia e Rússia começaram em 16 de maio, também em Istambul, mas resultaram apenas na troca de 1.000 prisioneiros de guerra de cada lado. O novo ciclo de conversas contou com a chegada dos representantes russos no domingo e da delegação ucraniana na manhã de segunda-feira. No mesmo dia, o chefe da diplomacia russa, Sergey Lavrov, conversou por telefone com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, sobre as negociações, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Moscou havia anunciado que apresentaria um “memorando” com suas condições para um acordo de paz, mas se recusou a transmiti-lo a Kiev antes das negociações, como solicitado pela Ucrânia. A expectativa agora é pela análise do documento russo e pelos desdobramentos da próxima rodada de conversas, enquanto a guerra segue intensificando tensões globais.
O governo ucraniano confirmou que a Rússia entregou aos negociadores de Kiev o memorando com sua proposta de cessar-fogo, conforme prometido pelo presidente russo Vladimir Putin ao presidente dos EUA, Donald Trump. O líder da delegação ucraniana, o ministro da Defesa Rustem Umerov, informou que o documento será analisado em até uma semana, mas não revelou detalhes de seu conteúdo. Já o chefe da delegação russa, Vladimir Medinsky, afirmou que o memorando contém os termos do Kremlin para um “cessar-fogo total”. Medinsky também disse que os russos receberam a versão ucraniana do memorando, o que não foi confirmado pela Ucrânia.
Durante as negociações, os dois países acordaram uma troca significativa de prisioneiros de guerra e corpos de soldados. Serão liberados todos os prisioneiros de até 25 anos, gravemente feridos ou doentes, além de 6 mil cadáveres de cada lado. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou as tratativas para a troca, e seu chefe de gabinete informou que a Ucrânia entregou à Rússia uma lista de crianças ucranianas deportadas, pedindo sua devolução.
No entanto, divergências persistiram. Segundo Umerov, a Rússia recusou um cessar-fogo incondicional e um novo pedido para um encontro entre Zelensky e Putin. Por outro lado, Medinsky afirmou ter sugerido um cessar-fogo parcial, “de dois ou três dias” em áreas específicas, para a retirada de corpos de soldados na linha de frente. Os dois países concordaram em realizar uma terceira rodada de negociações no final de junho.
O clima da reunião foi agravado por ataques recentes. No domingo (1º), a Ucrânia realizou um ataque inédito contra a Rússia, utilizando drones escondidos em caminhões para destruir mais de 40 aviões de guerra russos — quase um terço da frota — em quatro bases militares, incluindo regiões distantes como a Sibéria. O Serviço de Segurança Ucraniano (SBU) confirmou que caças estratégicos russos foram danificados. Em resposta, a Rússia lançou, no mesmo dia, o maior bombardeio de drones da guerra, com 472 projéteis contra o território ucraniano.
As negociações diretas entre Ucrânia e Rússia começaram em 16 de maio, também em Istambul, mas resultaram apenas na troca de 1.000 prisioneiros de guerra de cada lado. O novo ciclo de conversas contou com a chegada dos representantes russos no domingo e da delegação ucraniana na manhã de segunda-feira. No mesmo dia, o chefe da diplomacia russa, Sergey Lavrov, conversou por telefone com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, sobre as negociações, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Moscou havia anunciado que apresentaria um “memorando” com suas condições para um acordo de paz, mas se recusou a transmiti-lo a Kiev antes das negociações, como solicitado pela Ucrânia. A expectativa agora é pela análise do documento russo e pelos desdobramentos da próxima rodada de conversas, enquanto a guerra segue intensificando tensões globais.
Tags
Mundo