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Uma tragédia chocou a cidade de Itaperuna, no interior do Rio de Janeiro, após um adolescente de 14 anos confessar ter assassinado os pais, Antônio Carlos Teixeira, de 45 anos, e Inaila Teixeira, de 37 anos, além do irmão de 3 anos, enquanto dormiam. O crime ocorreu na madrugada de sábado, 21 de junho, no distrito de Comendador Venâncio, segundo informações da Polícia Civil fluminense.
De acordo com as investigações, o jovem cometeu os assassinatos motivado por desentendimentos com os pais, que desaprovavam seu relacionamento virtual com uma adolescente da mesma idade, conhecida por meio de jogos online. O garoto planejava visitar a jovem, mas Antônio e Inaila eram contrários à relação e proibiram a viagem. Em depoimento, o adolescente demonstrou frieza, afirmando aos policiais que "faria tudo de novo".
Na noite do crime, o jovem esperou que a família dormisse, pegou uma arma de fogo registrada em nome do pai — que era autorizado como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) — e disparou contra os pais e o irmão. Após os assassinatos, ele espalhou um produto químico pelo chão e arrastou os corpos do quarto do casal até a cisterna da residência, onde os ocultou.
Nos dias seguintes, o adolescente tentou despistar parentes que questionaram o paradeiro da família. Ele alegou que o irmão de 3 anos havia engolido um caco de vidro e fora levado pelos pais a um hospital. No entanto, na terça-feira, 24, após verificarem que nenhuma unidade de saúde da região tinha registro de atendimento, uma avó e um tio do jovem denunciaram o desaparecimento à polícia.
Na quarta-feira, 25, a Polícia Civil foi à residência da família para uma perícia e encontrou evidências do crime: manchas de sangue no colchão do casal, roupas ensanguentadas e os celulares dos pais em uma bolsa. Um forte odor levou os agentes à cisterna, onde localizaram os corpos das vítimas. O adolescente foi apreendido no mesmo dia e prestou depoimento na 143.ª Delegacia de Polícia de Itaperuna.
As investigações seguem em andamento para apurar possíveis conexões entre o crime e a adolescente de Mato Grosso, com quem o jovem mantinha o relacionamento virtual. A comunidade de Itaperuna permanece em choque com a brutalidade do caso, que expõe os desafios de lidar com conflitos familiares e o impacto das interações virtuais entre jovens.
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